terça-feira, 27 de abril de 2010

Personagem Cadeirante no filme X Men


Comentário do Marcelo:


No filme X men, o professor Xavier é cadeirante.
Seus poderes são mentais ele é um dos personagens principais!
O professor X tenta lutar sem violência muitas vezes promover a paz entre os humanos e os mutantes!
Ele usa seus poderes para o bem.
O seu pior inimigo é chamado magneto que tem poder sobre o metal!
O motivo de o professor ter ficado na cadeira de rodas foi uma luta entre os dois!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

ACESSIBILIDADE E TÁXI PARA CADEIRANTES

TÁXI PARA CADEIRANTES

Hoje a Janaína Beatriz chegou na aula com uma denúncia muito importante para postarmos aqui no blog: Ela estava na festa de 15 anos de sua prima neste último sábado e o carro de seu irmão estragou. Portanto, tiveram que aguardar um táxi adaptado durante UMA HORA E MEIA!!! Eles estavam no bairro Sarandi e precisavam se deslocar para Vila Jardim, próximo ao shoping Iguatemi.
QUE ABSURDO!!ATÉ QUANDO OS CADEIRANTES CONTINUARÃO A SER DESRESPEITADOS DESSA MANEIRA???
Esse assunto gerou debates na sala de aula, mas na opinião de Janaína Beatriz, todos os lugares deveriam ter acessibilidade, pois os cadeirantes são seres humanos como todo mundo!

Marcelo comenta:

Há muitos países como o Brasil que tem acessibilidade, mas a diferença entre eles é as leis de acessibilidade. Um dos países que tem acessibilidade é os Estados Unidos!
Um dos primeiros atores que contribuiu para uma pesquisa de adaptações foi o ator Cristofer Reeves. Os portadores de física precisam de lugares adaptados, como rampas em vezes de escadas, calçada sem buracos,etc.

Outras observações a respeito de Acessibilidade:

Jana L.: “mesas de shoping não são adequadas para eu comer um lanche, a minha mãe tem que me dar na boca porque eu não consigo chegar na mesa. E eu não gosto de comer com ajuda porque pareço um neném. Então , quando eu vejo que vou precisar de ajuda, prefiro não comer...

Maicon e Jéssica acham que não tem problema pedir ajuda quando precisa.

Marcelo: “ no Parcão e na Redenção também é ruim de ir porque não tem como passear.”

Jana L: Quando fui na Feira do Livro não conseguia olhar os livros porque era muita gente e ninguém tinha respeito...

Todos eles reclamam da acessibilidade nos banheiros. Marcelo afirma que teve orgulho de conseguir ir ao banheiro sozinho na UFRGS (porque era adaptado) e ele se sentiu um ser humano de verdade.

Maicon afirma que a esposa de um professor sofreu um acidente de carro e hoje é cadeirante e dá depoimentos para outras pessoas.

Marcelo acha que muitos deficientes devem ter sonhos e vontade de fazer muitas coisas e não fazem por medo de não serem aceitos pela sociedade.

Maicon afirma ter orgulho de um primo cego que trabalha e estuda .

Marcelo conhece um senhor que é cego e massagista e escreve coisas lindas.


GRENAL – nesse último Grenal de Domingo, foi abordada a questão da acessibilidade nos estádios. Os alunos acharam que foi muito bom aparecer isso na televisão. Na opinião deles está tendo mais iniciativa de mostrar essa realidade dos cadeirantes na mídia por causa da novela. Janaína Beatriz pensa que a novela é um pouco fantasiosa,mas estão abrindo os olhos para os preconceitos (o ser humano ainda tem muito preconceito).

Reportagem indicada por Janaína Beatriz e Marcelo:

Confira a série de reportagens especiais que o Programa Bom Dia Brasil fez com o título:
“Esse mundo também é meu”, mostrando a vida de cadeirantes: a acessibilidade, a tecnologia e a dança.
http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil#/Especiais/Esse%20mundo%20também%20é%20meu

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tarde Cultural: Orquestra de Câmara Jovem do RS, INEDI e o Nosso Coral na Esc. de Ed. Especial CEREPAL



TARDE CULTURAL


No dia 20/04 tivemos uma "Tarde Cultural" . Houve um encontro do nosso Coral do CEREPAL com a OCJRS (Orquestra de Câmara Jovem do RS) e os integrantes do Projeto Valores do INEDI.




Foi uma tarde linda, onde cada um fez sua apresentação e, para finalizar, nosso Coral (no improviso e de surpresa) cantou com a Orquestra!





Todos ficaram muito emocionados e felizes por esse momento maravilhoso que passamos!
Gostaríamos de fazer um agradecimento especial ao maestro da Orquestra Jovem: Telmo Jaconi, bem como aos talentosos integrantes da Orquestra.






Também agradecemos ao pessoal do Projeto Valores da Escola INEDI.














Além disso, eu, como professora da maioria dos integrantes do nosso Coral, gostaria de parabenizá-los pela apresentação:LINDOS!!!






Abaixo, comentários dos alunos a respeito do Evento:

Jéssica e Janaína L.:

Nós passamos uma bela tarde, foi um dia muito especial! Recebemos a visita dos alunos e professores do colégio INEDI, todos eles nos trataram muito bem, tivemos a oportunidade de fazer novas amizades e nos divertimos com eles; foi uma tarde muito animada, cantamos com a professora Luana, ouvimos o professor Marcelo cantar, conversamos, tiramos fotos com os alunos e reencontramos alguns amigos.
Depois mais tarde recebemos a visita da Orquestra OCJRS, com o maestro Telmo Jaconi, foi incrível vê-los tocando bem perto de nós! Realizamos um grande sonho, pois o maestro Jaconi nos fez um convite naquele momento: nós do Coral Cerepal cantamos junto com a orquestra, foi muito emocionante!
Esse dia ficará para sempre marcado nas nossas vidas, nunca nos esqueceremos desse momento, pois foi a mais bonita e emocionante apresentação em que o coral já viveu!


Rafael, Maicon, Jéssica e Jana L.:

Para nós foi um privilégio cantar ao lado de uma orquestra como a OCJRS. Também tivemos a visita dos nossos amigos do Colégio Inedi. Tiramos várias fotos. Esta foi uma das melhores apresentações. Eu (Rafael) cantei com a Luana,professora de música do colégio
Inédi. Nós cantamos a música Vento Negro com a orquestra.
Eu achei que a música Vento Negro ficou muito mais bonita com a Orquestra tocando ao vivo!
Eu fiquei muito emocionado em cantar junto com a orquestra.
A mãe da Jana ficou emocionada com o coral cantando junto
com a orquestra.
Todos do Cerepal ficaram emocionados com a apresentação!!!



Cimar:
Eu gostei muito das gurias que vieram me perguntar o meu nome eu me senti importante !! (alunas do INEDI)
Achei muito legal a OCJRS!
Achei o Concerto e o Coral legal. Foi uma pena que tive que ir embora (pois chegou a
minha carona que me leva pra casa junto com o colega da outra turma).
Achei bacana o Rafael cantando com a prof. Luana (do INEDI).
Eu espero na próxima vez que o concerto vir e o coral cantar, que eu possa ficar mais tempo.
Eu gostei muito quando a Luana cantou uma música só pra mim (não lembro o nome) ,mas diz assim: “quando me ama arrebenta a corda do violão”(Sorriso Maroto).

João
Achei muito bonito o Coral cantando. Chorei numa hora que a prof Luana estava cantando uma música (que agora não me lembro o nome)... Eu gostei muito do Evento...Gostei muito de tudo: do Inedi, do Coral e da Orquestra.

Antonio curtiu muito o momento, pois conhecia algumas músicas que a Prof do INedi cantou...Além disso, achou muito legal a OCJRS.

Alessandro:

Eu gostei de ter cantado e da Orquestra. Eu gostei muito da festa. O que eu mais gostei foi ter cantado com a Orquestra, contei pra minha mãe e ela ficou faceira...
Estou louco pra viajar com o Coral...
Também gostei da prof. Luana do Inedi, tocando violão e cantando...
Gostaria de cantar novamente com a Orquestra Jovem, pois fiquei muito emocionado.
A nossa prof do coral ficou muito emocionada...

Bruna

Eu gostei dos guris do colégio Inedi porque achei eles bonitos, principalmente do Giovani. As gurias também são muitos legais, elas foram simpáticas, pois conversaram comigo. Eu gostei muito da professora Luana, ela canta muito bem. Eu achei a voz da Jéssica linda, é parecida com a voz da Sandy, ela canta muito bonito.
Eu achei muito lindo quando o coral cantou junto com a orquestra, senti emoção e felicidade quando ouvi eles cantarem.
Foi uma tarde legal e emocionante.




Confira os vídeos do Evento:


Conferindo "(20-04-10) CEREPAL recebe a Orquestra Jovem: o Coro de Alunos de" no SchirmerMusik: http://ning.it/dylauG

"CEREPAL recebe a Orquestra Jovem: "Vento Negro" junto" no SchirmerMusik: http://ning.it/bhAwSN



http://schirmermusik.ning.com/video/200410-cerepal-recebe-a



http://schirmermusik.ning.com/video/200410-cerepal-recebe-a-2



http://schirmermusik.ning.com/video/200410-cerepal-recebe-a-3



http://schirmermusik.ning.com/video/200410-cerepal-recebe-a-4



Divulgação do nosso blog no café das 7 na POP ROCK 107.1 fm

Pessoal! estamos muito felizes,pois ontem e hoje o Bivis (que eu sou fã) divulgou nosso blog no Café das 7 que ouço sempre na POP ROCK(107.1 fm).
Portanto, gostaria de fazer um agradecimento público para o Bivis:

Obrigada Bivis!Eu sabia que poderia contar com a sua sensibilidade para com a nossa causa! Não tenho palavras para dizer o quanto vibrei quando ouvi sua divulgação! Adoro você, ti ouço a partir das 6:20 e continuo acompanhando o programa no caminho para o trabalho até às 8 da manhã! Valeu mesmo!

Prof. Lia

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Paraolimpíadas de 2016 na Revista Sentidos ano 9 número 56

Comentário da reportagem lida na Revista Sentidos ano 9 número 56,pg. 68-70

As paraolimpiadas 2016


Jana L: é bem a realidade, se a gente quer a gente pode fazer, nem tudo a gente ganha de mão beijada.
Maicon: as pessoas passam dificuldades mas não deixam de lutar para superar as dificuldades.
Rafael: já vi várias pessoas na rua reclamando da vida e nós não...
Jéssica: muitos deficientes são mais felizes que as pessoas “normais’
Marcelo: Na Ufrgs o tratamento com, o deficiente é diferente, tem gente que poderia fazer esporte e não faz, não procura.
Os alunos sabem que faltam professores de Ed física capacitados para desenvolver atividades específicas com eles.
João: eu gostei da reportagem, eu queria jogar bola se pudesse andar...Os cadeirantes fazem vários esportes:vôlei,natação...
Bruna: achei bem bacana a reportagem, eu queria fazer tênis se eu pudesse.

Rafael Zilio:

Mesmo com as suas dificuldades,as pessoas com deficiência fisica também praticam esportes.
Eles estão se preparando para as paraolimpiadas 2016,tem várias modalidades esportivas especiais para deficientes fisicos,entre elas : Basquete para cadeirantes,bocha adaptada,natação,vôlei,esgrima,tênis de mesa...
Eles enfrentam suas dificuldades e lutam pelos os seus sonhos,passam por algumas barreiras mas nunca desistem.



Marcelo:

Muitos atletas estão se preparando para os jogo paraolímpicos.
Mas tem atletas que são motivo para seus pais orgulharem das paraolimpíadas!
Eles conseguiram o saldo maior de medalhas do que nas olimpíadas, ficando na nona colocação da tabela olímpica.

COMENTÁRIO SOBRE OS BLOGS

COMENTÁRIO SOBRE OS BLOGS:

http://bemcapaz.spaceblog.com.br/ e http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/arch2010-03-01_2010-03-31.html

Eu olhei os dois blogs, gostei muito das duas histórias, mas a que mais me chamou a atenção foi a história da Michele, pois fiquei admirada quando ela contou que se formou em jornalismo e hoje ela é uma jornalista profissional.
Apesar de ter nascido com a doença dos ossos de vidro e ter quebrado várias vezes os membros de seu corpo ela nunca desistiu dos seus sonhos, enfrentou suas dificuldades e batalhou para conseguir realizá-los.
Outra coisa importante que ela comentou foi das dificuldades que passou para ir nos lugares, pois os locais não tinham acessos para cadeirantes.Isso tudo para mim é uma lição de vida, eu aprendi que jamais devo desistir dos meus sonhos.
Jéssica

Resumo da Jéssica a respeito de uma reportagem lida na Revista Sentidos

MUNDOS DIFERENTES
Beatriz Rodrigues Laranja, tem 13 anos, nasceu com paralisia cerebral por motivos de ter nascido prematura.
A adolescente diz já ter sofrido preconceito na rua, as crianças passavam e ficavam apontando o dedo em direção a ela, olhavam como se a garota fosse um ser de outro planeta...
Sua mãe sempre procurou colocá-la em escolas regulares para conviver com outras crianças; hoje Beatriz está na sexta-série,todos ajudam a garota a se locomover, inclusive os colegas de classe, a escola tem banheiro adaptado e cadeira rolante para ela poder subir escadas.
O grande sonho da adolescente é ser atriz, além de estudar ela faz oficina de teatro,pratica balé clássico e curte música.

Jéssica

Poesia elaborada pela Jéssica

O CAMPO

O campo tem vida;tem flor florida, os pássaros voando alegres cantando!
Tem rosa e margarida,borboleta colorida...como é linda a vida!

A luz do sol ilumina aquele campo cheio de paz;
quando a chuva cai todo esse encanto se desfaz...
O dia fica nublado, os pássaros adormecem,
no fim do arco-íristudo se entristece.
Quando a luz do sol voltar,
tudo de ruim se apagará e o campo voltará a brilhar!
Como é linda a vida!!!

ASS. Jéssica Teixeira Gomes

quinta-feira, 8 de abril de 2010

HISTÓRIAS DE VIDA- PERFIL DA TURMA

















Professora:
Meu nome é Lia e estou coordenando esse blog que é um projeto com meus alunos. Sou formada em História pela FAPA. Atualmente faço o curso de Magistério no Instituto de Educação. Além disso, estou terminando um curso de Capacitação em deficiência visual pelo Unilasalle Canoas. Amo trabalhar com meus alunos aqui da Escola de Educação Especial Cerepal.

ALUNOS

Decidimos iniciar apresentando todos os membros da turma, a partir de sua história de vida, que eles narraram para a professora ou escreveram.

BRUNA












Eu nasci assim porque faltou oxigênio, o médico disse que eu ia morrer, mas estou aqui até hoje (ela riu muito quando comentou isso). Minha mãe verdadeira não podia me cuidar porque ela bebia e então a Nazaré me adotou. Eu gosto muito da Nazaré, ela que é minha mãe. Minha família está preparando uma festa de 15 anos pra mim que vai ser no ano que vem! Eu vou ter duas festas de debutante! Eu gosto muito dos meus irmãos. Eu entrei no Cerepal com 3 anos. Eu gosto muito dos meus colegas e de estudar aqui. Eu amo meus parentes.

CIMAR

Todas as crianças morriam na minha época, quando nasciam com problemas, isso também porque não tinha vacina. O médico disse que eu ia morrer. Se tivesse vacina, eu não ia andar de muletas. Quando nasci eu era normal, mas me deu meningite, quando eu nem tinha aprendido a caminhar (por volta dos 2 anos de idade). Vim para Porto Alegre quando tinha 15 anos, para morar com meus pais (morava com minha avó antes). Agora moro com minha cunhada e meu irmão. Eu vim para o Cerepal quando já tinha 23 anos de idade.

JANAÍNA LAFOUCARDE
Eu entrei no Cerepal com 2 anos de idade. Eu passei da hora de nascer, por isso que nasci assim, pois se eu não tivesse passado da hora de nascer, eu seria normal. Para eu começar a vir no Cerepal, minha mãe teve que começar a dirigir a combi. Ela tinha começado a trabalhar no Záfari, mas como eu nasci assim, ela teve que parar de trabalhar para me cuidar, por isso comecei a estudar aqui. Logo depois, minha mãe engravidou do meu irmão e mesmo assim continuava me trazendo. Meus irmãos tem 21 e 25 anos. Quando eu era pequena, eu tive um médico que contou sua história que achei muito interessante: ele era “normal” e ficou na cadeira de rodas depois de um acidente que teve jogando bola com seu filho.
A minha primeira fonoaudióloga foi a Cátia. Eu aprendi a ler com a professora Vera, se não fosse por ela, eu não ia saber nada,mas eu acabei decidindo que não dava mais pra ficar na escola. Naquela época, a gente não tinha esse contato com a professora que a gente tem hoje; a gente prefere como é hoje.
Um dia eu saí da aula chorando, porque a professora me passou um tema muito difícil. Meu sonho é ser escritora porque eu queria saber mais coisas além do nosso convívio.

ALESSANDRO
Quando eu nasci aconteceu um erro médico na hora do parto. Tenho uma irmã mais velha e um sobrinho. Moro com minha mãe e meu pai. Gosto de vir no Cerepal para ver meus colegas. Gosto de olhar TV, sou uma pessoa calma e tranqüila.

RAFAEL
Eu nasci no ano de 1988, no Hospital Presidente Vargas às 4:45 da manhã. Depois de sair desse Hospital eu fui para o Hospital Santo Antonio e estou lá desde que eu era pequeno. Só agora os médicos estão começando a me dar alta. O primeiro médico a me dar alta dói o urologista. Eu acho que o próximo Serpa o traumatologista. Eu entrei no Cerepal com 6 anos de idade e estou aqui até hoje.



JANAÍNA BEATRIZ
Eu nasci de 7 meses, era muito pequena, não tinha “caloria” no corpo. Minha mãe me enrolava no cobertor de lã de ovelha. Eu nasci com pouco peso e tive que ficar meses no hospital na incubadora. Eu não conseguia mamar no peito, então minha mãe ia todo dia tirar leite no hospital. Depois disseram para minha mãe que tinham que me dar leite de cabra para eu ficar mais forte e ela conseguiu uma pessoa que tinha uma cabra e ela ia todos os dias pegar o leite. Eu já fui para São Paulo fazer um exame para saber até onde ia minha paralisia cerebral. Tudo o que diziam para minha mãe fazer, ela fazia para que eu melhorasse. Eu tive convulsão quando era pequena, e às vezes, meus pais tinham que sair correndo comigo. Minha mãe misturava casca de ovo na minha comida para me fortalecer. Hoje em dia, falam mais sobre pessoas com problema (deficientes) antes não falavam, escondiam os filhos. Uma vez, fui na casa de um tio e a mulher dele me chamou de aleijada e minha mãe nunca mais voltou lá. Eu já sofri muito preconceito dentro da minha família, mas hoje eu não ligo mais para isso. Eu nasci cega de um olho e no outro eu enxergo mal (por isso que uso óculos). O meu padrinho (que era marido da tia do meu pai) me ajudou muito!Ele que me ensinou a comer, ele que me amarrava na cadeira quando eu era criança e ficava “molinha”. Ele me ajudou muito,mas ela já morreu.


CAROLINE (história enviada por sua mãe)





A Carol é uma menina maravilhosa, querida, gosta de todos, é alegre, carinhosa, adora viajar nas férias, gosta de receber visitas e não gosta de ficar sozinha. Adora ouvir música e conversar. Quando era criança gostava de brincar com as crianças, adorava as festinhas de aniversário – e ainda gosta! Adora as datas festivas, natal, páscoa, Ano Novo, aniversário, etc.
Ela sempre foi maravilhosa!

MAICON

Meu nome é Maicon e tenho 24 ano tenho dificuldade para caminhar.
Eu não consigo amarar os tênis direto, também tenho dificuldade de ler , mas quero ultrapassar os obstáculos. Não posso deixar que os outros tenham pena de mim.Ainda tento ajudar os outros,mas muitas pessoas não sabem o que se passa na minha cabeça.Além disso, as pessoas não respeitam os espaços para os deficientes em todos os locais públicos,inclusive em ônibus.
Muitas vezes, até mesmo os idosos não respeitam os lugares para deficientes no ônibus.

MARCELO CABRAL SALGADO
Eu nasci de oito meses por causa disso, fique na incubadora alguns dias!
Eu saí do hospital minha avó disse que eu cabia numa caixa de sapatos.
Tive problemas respiratórios por isso meu peito saltado ou peito de pomba!
Quando chegou o tempo das crianças andarem, só eu que não andava usando o andador!
Por isso minha avó me levou médico, mas ele disse que eu sofria de paralisia cerebral.


JOÃO (história enviada por sua mãe)




Bem, Lia, o João é meu primeiro filho. Tive-o com 19 anos e tive quatro ameaças de aborto. Com sete meses estava com dilatação e fiquei no hospital Presidente Vargas para “segurá-lo”. Quando estava na hora dele nascer, a bolsa estourou e tive um parto de mais de 15 horas. Ele nasceu e não mamou, no Hospital Divina Providência não me falaram nada. Foi minha mãe que percebeu que tinha algo “errado” e então começamos a levá-lo em vários médicos até chegar ao diagnóstico de paralisia cerebral. Acho que a primeira vez que ele esteve no Cerepal ele tinha 3 ou 4 anos e ficou um bom tempo; acho que até os 7 anos. Depois ele voltou, acho que já faz mais de 10 anos.
Bom, ele em casa é tranqüilo, fica no quarto onde tem a TV dele, ele vê o que ele gosta. O João gosta de ouvir música (pagode e nativista gaúcha). Gosta de cantar e dançar e olha a MTV. Gosta de pintar, finge que fala no celular. É colorado fanático. Fica com o pai, a madrasta e os irmãos nos finais de semana (pelo menos um domingo por mês).
O João também sabe atender o telefone e se identificar e gosta muito de festas de aniversários. Tem um bom relacionamento com o seu irmão de 11 anos que lê pra ele e brinca de escola com ele. Não gosta de filmes na TV, mas gosta do programa do Rodrigo Faro (O Melhor do Brasil) e escutar a rádio Eldorado.
Acho que é mais ou menos isso. Ele é muito carinhoso comigo e com todos aqui em casa.





JÉSSICA


Minha história de vida!
Eu nasci no dia 17 de Setembro de 1991, no hospital Presidente Vargas, há 1:57 da madrugada; meu parto foi de cesária.Fiquei um mês no hospital pois ao nascer quebraram os meus braços, passei por momentos bem difíceis, foi constatado que o meu caso é genético, nasci com uma doença chamada Artrogripóse Múltipla Congênita ( membros atrofiados). Eu tinha dificuldades para sentar então o Dr. Silvio resolveu me operar para corrigir a postura, ele operou a minha perna esquerda, mas ao fazer a cirurgia teve uma surpresa pois não era o que ele esperava e eu quase morri; mas graças a Deus sobrevivi, eu teria que operar a outra perna, mas o Dr. Silvio preferiu não operar para evitar problemas maiores. Essa foi a única e última cirurgia em que eu fiz na minha vida.
Durante 10 anos eu morei com a minha avó adotiva, em Porto Alegre, no bairro Partenon. Ela me cuidava e me amava como se eu fosse neta de sangue dela, eu era muito feliz, pois a minha infância foi muito boa. Eu adorava passear na pracinha, brincar de boneca com a minha amiga Desirê e com as minhas primas.
Só que no ano de 2000 infelizmente a minha avó Maria acabou ficando muito doente e morreu, foi o dia mais triste da minha vida, pois ela era tudo para mim!
Então a minha vida mudou totalmente, porque eu tive que me mudar e morar com a minha mãe e com o meu padrasto em Viamão e a minha amiga Desirê eu nunca mais vi, só falo com ela através do orkut.
O meu grande sonho é voltar a morar em Porto Alegre, pois Viamão fica longe e não tem muitos ônibus adaptados por causa disso eu não posso sair muito de casa, também gostaria de ter uma casa própria que não tenha escada pois aonde moro é de difícil acesso, tenho que subir escada.
Bom isso que eu contei pra vocês é um pouco sobre a minha história de vida.



Carmen


Minha história de vida
Eu nasci dia 18 de Janeiro de 1987, no hospital da Puc de Porto Alegre. Sou gêmea da Carla, ao nascer houve falta de oxigênio no cerebro, eu tive paralisia cerebral.
Não lembro muito da minha infância, só lembro que vivia dentro de casa e não tinha muitos amigos, as vezes saia para rua, mas as crianças da minha idade tinham medo de mim, algumas crianças me convidavam para brincar comigo mas elas só queriam fazer brincadeiras de correr e eu não podia correr, me lembro que chorava muito por isso, até que minha mãe me colocou na escola regular e começou meu maior pesadelo, sofri os maiores preconceitos da vida, era humilhada, um dia sim e o outro também, não tinha amigos, criava amigos imaginarios, chorava todos os dias, o pior é que eu não aprendia nada, a professora era mais preconceituosa que os alunos, foi o ano inteiro assim, acabei perdendo o ano letivo.
Até que uma amiga da minha mãe falou sobre o Cerepal, só aí conheci o verdadeiro significado das palavras: Respeito e amizade. Quando entrei no cerepal comecei a aprender a escrever e a ler, fiquei tão feliz! Pois tinha muitos amigos especiais que me ensinavam cada dia uma coisa diferente, a principal delas foi se aceitar e aceitar minhas dificuldades, no cerepal aprendi a respeitar a mim e ao próximo. Aos doze anos sai do cerepal para estudar em uma escola regular, no primeiro ano foi bem difícil pois sofri alguns preconceitos e sentia saudades dos meus amigos do cerepal, aos poucos fui aprendendo a me defender de tudo e de todos.
A parte mais difícil da minha vida foi a adolescência, a fase dos amores impossíveis, enquanto as minhas amigas tinham suas paqueras, os meninos fugiam de mim de vergonha e diziam que não iam namorar uma pessoa como eu, podia ser bonita e tudo, mas eles nem chegavam perto de mim, uma vez um colega de turma me disse: Se tu não fosse assim, namoraria com você. Sem palavras sofri muito com isso até hoje é difícil a questão namoro relacionamentos, eles não olham a pessoa seu exterior e interior e sim sua deficiência física.
Hoje posso dizer que passei por tudo isso e sou feliz pois tenho uma família maravilhosa e amigos especiais.

Apresentação: Quem é a turma 7 ?

PERFIL DA TURMA:
Uma turma de jovens alunos com paralisia cerebral que tem muitas histórias para contar e muitos sonhos!

Como surgiu o Projeto do Blog?

Prof Lia: O projeto surgiu a partir da sondagem feita com a turma na primeira semana de aula, a respeito de seus conhecimentos e o que gostariam de aprender durante o ano. A partir de sugestões da professora e dos alunos, passamos a pensar sobre o que gostaríamos de abordar no blog.

Esse blog será uma forma de incentivar a turma a escrever e melhorar sua linguagem, e acima de tudo, uma forma de contato com o mundo fora do ambiente escolar. Além disso, o blog tem como objetivo a inclusão digital de alguns alunos que não possuem computador em casa e, portanto, não têm acesso à internet.

Contudo, o blog também visa a conscientização dos alunos de que devem publicar todas as dificuldades que as pessoas com deficiência ainda tem na sociedade como a acessibilidade nos locais que freqüentam, os preconceitos enfrentados, etc.

Por fim, o Projeto também visa a consciência de outras realidades de deficientes do mundo inteiro que possuem vídeos e blogs na internet.